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"Uma experiência que todos deveriam ter por algum momento de sua vida."




Analu embarcou em um intercâmbio para a Índia com apenas 21 anos. A gaúcha viveu intensos 7 meses no país até se mudar para a China, onde vive atualmente. Ela fala sobre a experiência quem em sua opinião "todos deveriam ter".





Analu Cavassola Maiolli
21 anos
Ludhiana, Índia
Cidade Natal:  Erechim, Rio Grande do Sul
Solteira

Você morava sozinha?
Morei em um hostel só para meninas (lá a maioria das coisas são separadas pelo sexo), que era administrado pela escola que trabalhava. Dividi meu quarto com uma menina da Russia. Já morava sozinha no Brasil há 4 anos.

Quanto tempo você ficou no país?
Morei na Índia por 7 meses.

Com o que você trabalhava no Brasil e qual o seu trabalho na Índia?
Sou Bacharel em Relações Internacionais. Era professora de Inglês e Espanhol em escolas particulares e em cursos pré-vestibulares. Trabalhava também em uma empresa com exportação de joias. Trabalhei também como professora de Educação Infantil em Escolas públicas. Na Índia fui professora de Espanhol e Comunicação Administrativa para cursos de ADM, MBA e pós graduação.

O que te levou a sair do Brasil?
A vontade de aprender mais e conhecer o mundo. Como já tinha terminado a faculdade, a época foi ótima para poder ficar esse tempo longo.

Porque escolheu a Índia e Ludhiana?
Porque foi onde a oportunidade de salário bom, custo de vida baixo e emprego na minha área apareceram. Além disso, queria viver um choque cultural. Decidi pelo intercâmbio porque amo viajar e aprender sobre culturas diferentes. Já havia feito intercâmbios para estudos de até um mês e já tinha percebido como os mesmos foram importantes para minha formação pessoal e profissional. Mas queria uma experiência mais intensa e mais longa, saber o quanto sou forte e do que sou capaz. Até então minhas condições financeiras não me permitiam. Em janeiro do ano passado concluí minha graduação e em maio larguei meu emprego, então percebi que era a hora de viajar por um longo tempo. Inicialmente, fui em busca de experiências de trabalho no exterior por agências de turismo, mas isso se tornaria caro e não encontrei nada com tamanho impacto cultural como esperava. Conheci a AIESEC, e mesmo sem me sentir muito segura, eu tentei e descobri um mundo de oportunidades. Ao iniciar as buscas, deixei claro que iria para qualquer país do mundo, exceto Índia e China, em um intercâmbio profissional de 3 a 6 meses. E aqui estou, em um intercâmbio na Índia por 1 ano. Irônico, não?! Bom, a gente tem que quebrar preconceitos e abrir o nosso mundo para o mundo. Em meio as minhas buscas, decidi quebrar o preconceito e fazer algumas entrevistas para empresas na Índia, a curiosidade também era grande. E assim surgiu a oportunidade: um país rico em cultura, salário razoável, custo de vida baixo e uma experiência única. Assim eu decidi, e também motivei uma amiga minha que sonhava em conhecer o país a vir comigo. E como acredito que nada é por acaso, decidi ir.

Já conhecia o idioma quando se mudou?
Eu já falava Inglês, Aqui a maioria fala, mas a língua oficial (além do inglês) é o hindi, e essa eu não conhecia. Além disso, a Índia tem mais de 1500 línguas, dependendo da região. Aqui onde estou eles falam o Punjabi também e esse também não conhecia.

Qual o custo de vida de Ludhiana? É mais barato ou mais caro em relação à sua cidade natal?
A Índia possui um custo de vida absurdamente barato para turistas. Porém, como tudo é proporcional, o meu salário também não era alto, então mantinha uma vida confortável, mas sem regalias.  Mesmo assim, para turistas é muito barato.

Qual a relação de infraestrutura da cidade e do país você faz com sua Erechim e o Brasil?
Índia: o maior choque cultural da minha vida!
Estradas caóticas e o trânsito mais ainda. Aqui carros, tratores, caminhões, rickshaws, auto rickshaws, pedestres, vacas, porcos, todos vivem em uma bagunça organizada. Movimentam-se naturalmente pelas ruas que, na maioria das vezes, não tem duas direções e para que possam se entender e reduzir o numero de acidentes, usa-se a buzina, então além de caótica, a poluição sonora é frequente e ensurdecedora.
Quanto a limpeza, não podemos utilizar a Índia como exemplo, afinal há lixo por tudo, não há saneamento básico, pessoas dormem nas ruas, fazem suas necessidades em qualquer lugar. As vacas, cachorros e porcos espalhados pelas cidades alimentam-se do lixo espalhado.Claro que depende da cidade e da região, isso varia, afinal a Índia é enorme, como o Brasil. Porém essas características, digamos “culturais” estão presentes de forma mais ou menos intensas na maioria delas, ou em todas.

O que te chamou atenção na cultura do país?
O que mais me chamou a intenção e ainda me impressiona é a pobreza e a questão das castas. As pessoas são conhecidas pela casta, seu nome e sobrenome é definido pela religião e casta, ou seja, pelo poder aquisitivo. Encontramos pessoas de altíssimo poder aquisitivo e pessoas - em grande quantidade - dormindo em ruas, barracas, até mesmo nos rickshaws que usam para trabalhar. Pessoas que vivem apenas para sobreviver, sem prospecção de futuro. Casamentos arranjados, a noiva paga o 'dote', o uso de turbantes, os festivais, são muitos pontos culturais que me encantam e indagam muito ainda.

Tem alguma história engraçada/inusitada que aconteceu com você no país?
Várias. O choque cultural nos proporciona isso todos os dias, tanto pela linguagem, gestos, comida ou expressões.
A mais recente foi a experiência de viajar de ônibus pela Índia. Tudo é longe e as estradas são terríveis, então 280 km tornam-se 7hs de viagem. Para chegar em nosso destino foram 12h. Compramos passagem de ônibus que tem dois tipos de banco, o "sleeper" e o "normal". Os normais são bancos confortáveis, já o "sleeper", para nossa surpresa, eram camas normais, num andar superior dos bancos. Adoramos e achamos super confortável até o ônibus começar a andar. Ele saltava e buzinava a cada 2 minutos, voávamos ao encontro do teto com o corpo todo. Era gente caindo, gente ouvindo música, um calor terrível e de dois em dois minutos a gente voava. Foi a pior e mais divertida viagem da nossa vida.

O que do Brasil te fez mais falta? Em que momento você sentiu mais saudade?
Temperatura. Nasci no Rio Grande do Sul, em uma região de temperatura baixa e cheguei no calor intenso do verão indiano. Calor de até 47 graus com uma umidade de até 90%.
Limpeza. Saudade de andar em um lugar que não tenha um odor desagradável, dirigir em um trânsito organizado, sem tantas buzinas e principalmente, banheiros limpos, com papel higiênico.
Comida sem especiarias, que não sejam apimentadas e, principalmente, LIBERDADE! Ludhiana não é uma cidade metropolitana, porém concentra indústrias e uma população grande, mas mesmo assim não possui alta taxa de violência. Entretanto a Índia não é segura para mulheres, principalmente turistas. Dependo de companhia para ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa, isso reduziu minha liberdade, os meios de transporte são limitados e tampouco seguros, ou seja, tudo se torna mais difícil.

Do que você não sentiu falta no Brasil?
Carne de gado. Sou gaúcha, parece mentira, mas a comida lá era diferente e deliciosa. No começo muito apimentada e sofri muito, mas depois que acostumei e descobri tantas delicias orientais, não sinti falta da carne brasileira.

O que você costumava fazer nos momentos de folga? Quais os programas havia para se fazer na cidade?
Ludhiana é uma cidade industrial e pacata. Não há muitas opções de lazer. Mas como fui para viver a cultura local, isso é ótimo. Saía com pessoas locais, ia a shoppings, templos, cinema. Nos finais de semana viajo para cidades próximas e quando tinha folgas aos sábados, para pontos turísticos mais distantes.
Lá tem muito festival. O pais é hindu, uma religião que crê em 33.000 deuses, ou seja, sempre é motivo para celebrar algum.

Você encontrou algum problema para obtenção de documentos e visto?
Sim. A documentação eu tinha toda, mas o processo pra obtenção do visto no Brasil é terrível, desorganizado e demorado. Enviei toda documentação e eles a extraviaram. Iniciei o processo 2 meses antes de ir, como o visto nunca chegava e a comunicação era terrível, tomei um ônibus, 18hs de viagem até São Paulo e fui até o consulado buscá-lo, assim consegui, após uma entrevista.

O que você menos gostava na cidade, ou no país?
Respondi dentro de outra pergunta. Basicamente a sujeira, barulho e pobreza.

Qual a relação dos nativos com brasileiros? Você possuía amigos indianos?
Lá eramos 4 intercambistas e na escola onde trabalhava havia alguns africanos, mas poucos. Então a maioria dos meus amigos eram indianos. No estado que morava o povo é mais conservador, posso fazer uma comparação como se fosse o Rio Grande do Sul no Brasil, com músicas, costumes, comida diferenciada do resto do país, mas mantendo as tradições indianas. Isso faz eles se tornarem um povo mais fechado e orgulhoso, mesmo assim são amigáveis e dispostos a ajudar quando precisamos. 

O que é falado sobre o Brasil por lá?
Posso responder essa pergunta de forma concreta, através da experiência de perguntar a todos os alunos e professores nas primeira aulas: "O que vem na sua cabeça quando eu falo Brasil?". Bem, 99% dos alunos na Índia responderam: "Futebol, Ronaldinho, Kaká." A maioria lembra de futebol sim, 80% deles lembram da imagem do Cristo Redentor, mas me perguntam qual o significado já que não sabem. Alguns professores lembraram de mencionar a Amazônia, alguns até mesmo a nossa presidenta (mas não sabiam o nome), em razão do BRICS, que aproximou Índia e Brasil.
Infelizmente, em 95% das respostas, falamos espanhol no Brasil e, em alguns casos, 'brasileiro'. Além disso, a capital do Brasil é Rio de Janeiro em 90% das respostas e em algumas São Paulo, apenas 3 pessoas responderam Brasília.
A maioria dos alunos não tinha noção de localização geográfica do Brasil e muito menos do tamanho e diversidade cultural que possuímos. Alguns mencionaram os protestos contra a Copa do Mundo (que estava em evidencia na mídia em Julho, quando cheguei).
É muito importante destacar que os indianos, por sua cultura e sistema educacional, não possuem muito conhecimento sobre o mundo, países e história, pois seu foco são disciplinas empresariais e técnicas, então a falta de conhecimento surge por isso também. Além disso, eles consideram sua cultura superior a dos outros e são orgulhosos da mesma, então não sentem necessidade de aprender sobre culturas diferentes.

Eles gostam da música brasileira?
Não a conhecem, pois escutam muita música regionalista e em hindi.

O que você costuma assistir na TV?
Não assistia TV, as únicas coisas que via enquanto fazia as refeições eram clipes de músicas.

Como foi dividir a casa com outras pessoas estrangeiras, até então desconhecidas por você?
No Brasil eu já estava acostumada a dividir a casa com outras pessoas, amigas, no caso. Isso nunca me incomodou. Dividir a casa e o quarto com alguém é uma questão de adaptação, e quando se trata de um país diferente e língua, costumes, cultura diferentes esse processo se torna um pouco mais complicado, mas ao mesmo tempo encantador. No início vivia em um hostel providenciado pela escola em que trabalho, dividindo meu quarto com uma professora russa. Acordávamos e voltamos para casa no mesmo horário. Depois morando em uma casa alugada, junto com um menino da Tanzânia e outro do Afeganistão. Quatro línguas diferentes (russo, swahili, persa e português), quatro religiões diferentes (católico, ortodoxo, muçulmano e hindu) e com certeza, costumes e cultura diferentes. Cada dia aprendíamos algo novo e mesmo vivendo em um país, você aprende não só sobre ele, mas sobre o mundo todo. Incrivelmente nos entendemos muito mais facilmente que eu costumava entender meus amigos brasileiros, porque normalmente compartilhamos dos mesmos sentimentos, dificuldades, desafios e temos um ombro amigo para chorar, rir e principalmente viver.

Você encontrou algum produto esquisito por lá?
Produto esquisito é o que mais tem, tudo lá é esquisito. Mas o mais popular e que mais me chamou atenção são os cremes hidratantes para o rosto branqueadores, ou seja, quanto mais se usa, mais clara fica sua pela, e quanto mais claro você for, mais bonito. 

Quais são os esportes mais populares no país?
Os esportes mais famosos são Cricket e Hockey. O cricket ainda é o mais popular e eles são muito bons nisso. Futebol é conhecido, é praticado mas não tem tanta importância.

Há muitos estrangeiros no país? Você escutou sobre ou presenciou algum tipo de xenofobia?
Tem muitos estrangeiros e muitos brasileiros, inclusive. Porém a maioria se concentra em cidades maiores ou turísticas como Delhi, Mumbai, Jaipur, Chennai ou Chandirgah. Não ouvi nenhum relato de xenofobia, muito pelo contrário, eles se encantam com turistas, fitam com olhares, querem saber tudo da vida, querem mostrar sua cultura, entre outras atitudes. Em Ludhiana, como é menor e tem menos turistas, isso é muito mais frequente e intenso. Tornamos-nos celebridades. Eles querem tirar foto o tempo todo, perguntar muitas coisas e oferecer coisas de sua cultura a ser conhecida,

A população se envolve muito com a política? Qual a opinião geral sobre o atual governo?
Sim, eles se envolvem, mas não muito. Digamos que como no Brasil, há os que se envolvem mais e os que se envolvem menos, mas todos concordam que o governo é corrupto. Não tenho opinião formada a respeito do governo e não busquei muitas informações, porque aprendi que a sociedade lá é movida muito mais pelos costumes e conceitos religiosos do que pelas leis e regras políticas. E sim, há muita corrupção.

Você gosta da música do país? Tem algum cantor/banda que recomenda?
Como em nosso país, cada estado da Índia é um “país” diferente, tem língua própria, danças e gastronomia típicas. Onde vivi, em Punjab, é uma das culturas mais distintas e com forte patriotismo, como falei, então as músicas em híndi, comuns em toda a Índia, me agradam, mesmo que não entenda as letras. E as músicas Punjabi são interessantes mas não costumo escutá-las frequentemente.

Conhece alguma história (ou lenda) da cultura indiana que pode contar?
Para um país hindu, ou seja, com 33000 deuses em quem acreditar cada dia, cada festividade é uma lenda, uma história, um fato da vida desses deuses. Todas me encantam e me parecem muito irreais, mas isso não quer dizer que eles ou que eu esteja errada, quando o assunto é religião ou cultura, não há errados ou certos, apenas pessoas que devem aceitar o pensamento de outras e tentar adaptar-se a elas.

Qual o seu sentimento pela Índia?
Encantamento por tudo que vivi e aprendi, pela cultura surpreendente e pela oportunidade que a Índia me ofereceu de conhecer sobre pessoas e sobre o mundo. Tristeza pela extrema pobreza e por saber, que nesse caso, dogmas e conceitos como o sistema de castas, impostos por religiões, fazem pessoas sofrer e a pobreza permanecer no país que teria tudo para desenvolver-se de forma espetacular, como sua economia vem demonstrando nos últimos anos. E por fim, posso dizer que sentimentos contraditórios. Acorda-se pela manhã com vontade de voltar correndo ao Brasil e dorme-se pela noite pensando em nunca mais sair da Índia ou vice-versa.

O que mudou em você antes e depois da Índia?
Viajar faz a gente mudar. Abrimos nossos olhos para coisas que nunca vimos até então, aprendemos a aceitar pensamentos diferentes, a mudar nossos conceitos e preconceitos, a ter que aprender a controlar nossos pensamentos e emoções para sofrer menos, a controlar gastos, a resolver problemas com auxílio de estranhos ou às vezes, sem auxílio. E você se torna forte, inteligente e principalmente, muito mais humano. E a Índia fez isso comigo, mas em um nível muito maior, numa proporção inimaginável e fez com que eu aprendesse a me conhecer para depois poder analisar outras pessoas.

Se tivesse um filho, quais características ensinaria/gostaria que ele tivesse do jeito brasileiro e da maneira indiana de ser?
Do indiano o valor e respeito pela família. Não importa se o casamento é arranjado ou por amor, se você é vegetariano ou não, se você é hindu ou sikh, o que importa é que a família é e sempre será sua base para tudo e que você pode contar com eles para tudo. Falta isso no Brasil, não acham? Porém, ser feliz, receptivo e trabalhador como nos brasileiros costumamos ser não encontrei em parte nenhuma da Índia.

Viver na Índia é...
Louco! Desafiador, encantador e uma experiência que todos deveriam ter por algum momento de sua vida.

Que conselhos você daria a quem pretende visitar ou até mesmo se mudar para o país?
Façam! Estão em dúvida, façam! Há alguns anos atrás viajar era quase impossível e um privilégio das classes mais altas. A globalização, a internet e principalmente o aumento no número de companhias aéreas, a facilidade de contato com pessoas distantes, a economia globalizada, foram fatores que contribuíram para o aumento das facilidades em viajar para o exterior. Você pode ir através de uma agência de turismo, por ONGs como a AIESEC, por conta própria, por algum trabalho voluntário, bolsa de estudos, oportunidades não faltam, apenas procure!
Já me deparei muito com dúvidas como "Será agora a hora de fazer?", "Não seria melhor terminar minha faculdade, começar a trabalhar e depois viajar?". O que eu concluí: oportunidades não aparecem duas vezes da mesma forma em nossa vida, não seja exigente, se não pode viver 6 meses no exterior, contente-se em viajar por 20 dias, 1 mês, assim você vai abrindo-se ao mundo e ele começa a abrir as portas pra você! Uma oportunidade bem aproveitada abre muitas portas de oportunidades futuras. Lembre-se que quanto mais responsabilidade você tiver, menos tempo para adquirir experiências em viagens você terá! Abra mão de uma festa por mês, uma roupa nova a menos e dinheiro não é difícil de conseguir para uma experiência, que indiferente da duração, vai mudar sua vida e com certeza, a vida de todos que passarem pelo seu caminho!

4 Comentários

  1. Parabéns Analu.
    Muito sucesso para você.

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  2. Muito legal Analu!!
    Boa sorte na próxima aventura.

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  3. Oi Analu! Meu nome é Iara e estou tendo a oportunidade de fazer um intercâmbio em Ludhiana, em uma faculdade de medicina. Nunca viajei sozinha e como eu vou sozinha dessa vez seria muito útil se vc pudesse me dar algumas dicas! Meu e-mail é iarabmatos@hotmail.com
    Muito obrigada!

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